Eillen Gray

Eileen Gray (1878-1976) nasceu no interior da Irlanda. Filha de uma família aristocrata e de veio artístico começou sua formação na Slade School of Fine Arts – Londres em 1989. Nos anos seguintes estudou desenho com Colarossi e Julian, em Paris, formando-se na arte da Laca com o mestre japonês Sugawara.

Alcançou fama pelo seu trabalho ao mesmo tempo em que levava um estilo de vida boêmio de uma mulher independente, diferente do esperado em sua época. A partir de 1919 começa a trabalhar com decoração e design de móveis e em 1922 se liga ao grupo De Stijil – movimento artístico que pregava linhas limpas, formas básicas, máxima simplicidade em suas soluções e que se opunha ao movimento Art Nouveau da virada do século.

Seu gênio criativo, sua sensibilidade à cor e seu domínio sobre a técnica da Laca foram utilizados em novas e inovadoras formas caracterizando suas criações. Em 1923, um projeto de sua autoria foi muito elogiado por Walter Gropius, na época diretor da Escola Bauhaus e J.J. P.Oud.

A partir de 1926 trabalhou como arquiteta e apresentou seus trabalhos no pavilhão “Temps Nouveaux” de Le Corbusier, em 1937. Nessa época, criou uma das mais famosas casas do século vinte, a E.1027, à beira mar.

Morreu em Outubro de 1976 em Paris. Atualmente as suas peças de mobiliário valem milhões em leilões e gênios criativos, como Yves Saint Laurent, estão entre os seus mais devotos colecionadores. Réplicas das suas peças são ainda consideradas de vanguarda, apesar de terem sido criadas há oitenta anos. Eileen Gray esteve sempre à frente para a sua época. Trinta anos depois da sua morte, ela ainda é considerada um ícone do Modernismo e uma das mulheres mais fascinantes do século 20.