Harry Bertoia (1915-1978) nasceu em Udine, na Itália, mas emigrou com a família para os EUA em 1930.
Formou-se na Cass Technical Hight School de Detroit em 1936, e de 37 a 39 foi bolsista na Cranbrook Academy of Arts, onde lecionou até 1943.
Em Cranbrook, Bertoia rápidamente fez amigos, como Eero Saarien e Charles Eames, com quem viria a trabalhar nos anos seguintes. Casou-se com Brigitta Valentines e juntou-se aos Eames em seu atelier a partir de 1943.
Juntamente com Eero Saarinen, desenvolveu um método de fabricar madeira prensada que, mais tarde, iria influenciar definitivamente os processos de produção de mobiliário e o seu próprio design.
Nos anos 50, construiu mais uma forte relação com outra colega de Cranbrook, Florence Knoll, que tinha um atelier na Pensilvânia e lhe ofereceu um ambiente de trabalho altamente motivador.
Ali, desenhou a linha de cadeiras em fio metálico para a Knool International, que tiveram tão grande sucesso comercial que permitiram que se dedicasse à sua carreira de escultor – sua maior paixão.
Foram projetadas em uma estrutura de aço curvado e soldado, cromado ou recoberto de vinil. A idéia de fazer o acabamento em cromo veio quando a GM necessitou de cadeiras para seus showrooms. A Knoll enviou cadeiras à GM que foram mergulhadas em um banho de cromo para amortecedores de carro, a fim de acentuar a idéia do mundo do automóvel.
Em sua concepção, o designer preocupou-se essencialmente com o espaço, com a forma e com o que o metal teria a oferecer. Classificava-as como feitas de ar, a exemplo de esculturas permeadas, cortadas e atravessadas pelo espaço. Bertoia conseguiu tirar a massa da forma, o peso da matéria, o impacto chapado do plano. Ele percorreu os mais diversificados caminhos do desenho, mas foi na escultura que baseou toda a sua obra.